O órgão judicial apreendeu vários milhões de dólares, euros e kwanzas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tornou público, em comunicado, que a apreensão decorre de um processo crime “em que estão envolvidos oficiais das Forças Armadas Angolanas afetos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeita de cometimento dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros".
Na acção, de acordo a Revista Economia & Mercado, que cita a agência portuguesa de notícias, "foram apreendidos valores monetários em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas", realça o documento da PGR.
Já o Novo Jornal, citado pela Lusa, noticiou, recentemente, que o chefe das finanças da banda musical da Presidência da República, major Pedro Lussaty, tinha sido detido quando transportava duas malas carregadas com 10 milhões de dólares (o equivalente a 8,1 milhões de euros) e 4 milhões de euros. O semanário escreveu, na altura, que o investigado "não justificou a posse e, alegadamente, procurava retirar o dinheiro do país".
Uma fonte da PGR confirmou, contactada pela Lusa, tratar-se realmente do mesmo caso.
Também hoje, segundo a Casa Civil da Presidência da República, foram exonerados seis oficiais generais da Presidência, entre os quais está o “tenente-general Ernesto Guerra Pires, do cargo de consultor do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, e o tenente-general Angelino Domingos Vieira, do cargo de secretário para o Pessoal e Quadros da Casa de Segurança do Presidente da República”.
Segundo a Lusa, além destes dois, também o tenente-general José Manuel Felipe Fernandes, secretário-geral da Casa de Segurança do Presidente da República, e o tenente-general João Francisco Cristóvão, diretor de gabinete do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, foram afastados dos cargos, conforme narra em comunicado a Casa Civil da Presidência da República.
O tenente-general Paulo Maria Bravo da Costa, que era secretário para Logística e Infra-estruturas da Casa de Segurança do Presidente da República, e o brigadeiro José Barroso Nicolau, antigo assistente principal da Secretaria para os Assuntos dos Órgãos de Inteligência e Segurança de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República, foram também exonerados.